quinta-feira, julho 10

Lembrei de um outro dividendo que a vida campestre proporciona aos que nela se refugiam: o sumiço completo das habituais ansiedades e neuroses. Só após deixar o sítio fui notar que minhas unhas estavam intactas, passara quase duas semanas esquecido de roê-las obsessivamente; pensamentos depressivos também não encontraram espaço para se manifestar. Mudando um pouquinho de assunto, vale citar uma hora em que a monotonia impera no campo: quando anoitece. O jeito era jogar conversa fora (pouco recomendável, sempre descambava para a melancolia nostálgica regada a álcool), ouvir música, ler um livro (complicado, a luz era fraca) ou assistir televisão. Mas lá só pegava Globo, Bandeirantes, SBT e Record (que mané tv a cabo!). Trocando em miúdos, só tinha Globo. Porque o resto, Deus me livre. As novelas ainda consegui aturar, mas quando chega o domingo... Fantástico é sacanagem! Muito ruim. Virei pro lado e só acordei na manhã seguinte. Dormi às 21:30 naquele dia, provavelmente um recorde pessoal. O que não deixou de ser uma coisa boa, talvez eu devesse agradecer aos criadores do Fantástico.

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